Postagens

Mostrando postagens de 2019

Fronteiras pra que(m)? Narrativas LGBT e imigração

Imagem
Hellen Virgínia, pesquisadora do GepGênero Vivemos a era da informação, das redes sociais, em que pouco pensamos em fronteiras, já que com uma tecla do computador nos comunicamos com qualquer canto do mundo. Mas será mesmo que as fronteiras foram derrubadas? Em um mundo globalizado, com as ditas "facilidades" de transportes rápidos, comunicação massiva e interação mediada, os processos migratórios continuam sendo alvo de ações governamentais exploratórias e comumente preconceituosas em relação à raça, religião, ao gênero e orientação sexual. Com isso em mente é que a pesquisadora do GepGênero, Hellen Virgínia, discute em seu trabalho "Argentina, o destino da liberdade? Narrativas LGBT e intersecções entre gênero, sexualidade, fronteiras e imigração", esse assunto tão delicado.  "Discutir a temática é primordial dentro do cenário socioeconômico mundial, uma vez que o fortalecimento dos discursos de ódio, a xenofobia e homofobia têm ocorrido em esc...

Feijoada Solidária

Imagem
Quem aqui não gosta de um feijãozinho preto bem temperado? De uma farofinha crocante? Uma couvezinha com bastante alho? Hmmmmm!! Só de pensar dá água na boca. E pra quem acha que comer é só um processo biológico, está muito enganado. Comida também é geografia, é história, é cultura.  Sabia que a feijoada, como a conhecemos hoje no Brasil, é uma adaptação que foi se dando ao longo de séculos de preparações como a de 'pratos' como a casouela (italiana), o cozido (português), o cassoulet (francês), e por aí vai? Com o nosso jeitinho brasileiro, que pega tudo isso, coloca a 'pimentinha' africana e indígena, e cozinha em fogo lento, desafiamos a quem quer que seja a mostrar uma versão melhor que a nossa.  Juntando a fome com a vontade de comer é que o Gepgênero vai promover nesse 2 de novembro uma Feijoada Solidária. A nossa comida forte e cheia de raízes vai ajudar a levar nossXs pesquisadores à Argentina para o IV Seminário Latino de Geografia, Género y Sexu...

Pela visibilidade indígena

Imagem
Foto: Josué Silva Saúde é um assunto de extrema importância em qualquer sociedade e para qualquer pessoa. É difícil imaginarmos não poder ter acesso aos serviços básicos de um atendimento emergencial, por exemplo. Mesmo que no Brasil estejamos condicionados a burocracias e serviços precarizados, de uma forma ou de outra, conseguimos chegar até um posto de saúde, a unidade de urgência e emergência. Mas a verdade é que se pensamos assim, mesmo que nos mínimo, somos privilegiados. Para quem mora em território indígena, a conversa é outra. Seja pela dificuldade geográfica de acesso aos hospitais e serviços básicos, seja pela discriminação ou o descaso público, ser indígena é conhecer de perto esse cenário. É por isso que a graduanda em Geografia pela Universidade Federal de Rondônia (Unir), Roneide Soares Nunes, resolveu dedicar a sua pesquisa à saúde do Povo Kaxarari. Seu olhar para a problemática foi despertado em uma visita de campo promovida pelo Programa de Pós-graduaçã...

Artesanato x Artesanal

Imagem
O 'fazer com as mãos' e geração de renda Mulheres Kaxarari Nem todos conseguem diferenciar o que é artesanato do que é artesanal. Enquanto que artesanal é propriamente o trabalho manual, o artesanato é o produto feito pela técnica artesanal e que produz objetos pertencentes a chamada cultura popular, seja de povos tradicionais, do folclore ou mitologia. Ter em mente que essas palavras não são sinônimas nos coloca em posição de agregar um valor significativo ao artesanato produzido em determinado contexto social, ainda mais se apontarmos o fator histórico-colonial de que a base da produção artesanal é tida como de responsabilidade feminina. Sendo a mulher a principal produtora do artesanato e também da procriação, aqui não apenas no sentido biológico, mas também de transmissão de conhecimento para as próximas gerações, conectamos importantes laços entre a produção de artesanato de comunidades indígenas e o empoderamento feminino. Neste sentido, as duas p...

Lideranças Femininas - Povo Kaxarari

Imagem
MULHERES CACICAS O Povo Kaxarari vive na fronteira entre Rondônia e Amazonas e faz parte de um contexto cultural em que a mulher, até algum tempo atrás, não exercia funções de poder. Entretanto, essa realidade está mudando. Das nove aldeias que formam a Comunidade Kaxarari, três são lideradas por mulheres. Este pequeno documentário entrevista essas três lideranças que contam um pouco sobre a sua história, seus desafios e sua forma de fazer liderança.  Essas mulheres mostraram ao seu povo que as mudanças vieram para ficar. A força feminina superou as barreiras das antigas tradições, facilitando, também, a identificação das demandas femininas e a luta pelos direitos das mulheres indígenas, garantindo melhorias para a qualidade de vida da comunidade. O vídeo faz parte da pesquisa de campo desenvolvida durante a disciplina de Populações Amazônicas do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Rondônia.

Tráfico humano: precisamos falar sobre isso

Imagem
Tráfico humano parece coisa de roteiro de filme, mas acontece com mais frequência do que gostaríamos Elisângela é professora universitária e doutoranda em geografia Quando paramos para pensar em tráfico humano, normalmente o que vem às nossas cabeças é o clássico clichê do roteiro hollywoodiano de baixo orçamento em que a mocinha imigrante é alvo de uma quadrilha internacional de prostituição em que o mocinho salva o dia com seus golpes de kung fu. O que poucos sabem ou é pouco comentado é que esse roteiro de cinema é muito mais comum na vida real do que realmente gostaríamos de admitir.  A doutoranda Elisângela Ferreira Menezes, do Programa de Pós-graduação em Geografia pela Universidade Federal de Rondônia - Unir, dedicou a sua tese a estudar a violência de gênero na fronteira pan-amazônica. Seu trabalho "Precisamos falar sobre o tráfico humano e suas configurações socioespaciais na Pan-Amazônia" foi aceito no IV Seminário Latinoamericano de Geografia, Género ...

Escola e diversidade de gênero

Imagem
Gênero e diversidade no espaço escolar: um de/em bate necessário Debater, discutir, trocar experiências, dialogar, polemizar, questionar. Acreditamos que todos esses sinônimos façam parte do percurso do ensino e  aprendizagem, tanto dos alunos quanto dos professores, dentro do âmbito escolar. Mas o que pouco discutimos é a importância de pluralizar esse percurso de forma a abranger o maior número de experiências possível. Mas, o mestre em geografia pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Rondônia, Rogério Nogueira vem nos dar esse alerta com o seu trabalho  Gênero e diversidade no espaço escolar: um de/em bate necessário que foi aprovado para ser apresentado no IV Seminário Latinoamericano de Geografía, Género y Sexualidade, na Argentina. No trabalho ele alerta que a s discussões de gênero, de um modo geral, ainda são vistas e tratadas pela sociedade como um grande tabu, sendo poucas as pessoas que buscam se aprofundar n...

Mulher e representatividade política

Imagem
E por quê devemos votar em mulheres... À esquerda Amanda e Wellington e à direita Maiara Marini Está na lei (9504/1997) que 30% das vagas à candidatura política sejam destinadas às mulheres, entretanto, em 2018, o Brasil alcançou apenas 15% da representatividade feminina no congresso. É refletindo sobre essa realidade que os pesquisadores Amanda Michalski, Wellington Durães e Maiara Marini foram aceitos no IV Seminário Latianomericano de Geografía, Género y Sexualidades, na Argentina. Amanda, que é mestranda do Programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade Federal de Rondônia - Unir, assim como Wellington e Maiara, ressalta que apesar da lei ser uma conquista importante, ainda não é o suficiente para uma representatividade expressiva. "Por meio de uma análise crítica, podemos perceber o árduo caminho que as mulheres ainda precisam percorrer para, de fato, alcançarem uma real representatividade na política", diz. O trabalho dos pesquisadores, "A ins...

Guerreiras Indígenas

Imagem
Associação de Guerreiras Indígenas de Rondônia A Associação de Guerreiras Indígenas de Rondônia (AGIR) nos coloca para confrontar de frente ideias preconcebidas que temos do movimento indigenista brasileiro. Ainda hoje, o não-indígena acredita que só o homem molda os territórios indígenas. E é contra esse pensamento que a mestranda Deborah Monteiro Santos reflete em seu trabalho. A bióloga de formação acabou encontrando no Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Rondônia - Unir um ponto chave para a sua militância feminista, o Grupo de Estudos e Pesquisas em geografia, mulher e relações sociais de gênero (GepGênero). O trabalho da pesquisadora "Caracterização do aspecto organizacional da mulher da Terra Indígena Rio Guaporé: um olhar sobre o território", desenvolvido com o GepGênero foi aceito no IV Seminário Latinoamericano de Geografia, género y sexualidades, na Argentina. Deborah teve o contato com a AGIR através do seu trab...

Professora da Floresta

Imagem
CONTANDO UM CONTO A pesquisadora Liziane É com um título quase poético que a geógrafa e mestra pelo Programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade Federal de Rondônia - Unir, Liziane Souza Silva, vem contar a história de uma, das muitas vozes da floresta, que são invisibilizadas e silenciadas por uma cultura que coloca a mulher como um indivíduo inferior. Com o trabalho "Professora da Floresta: relatos dos desafios vividos por uma docente nos confins da Amazônia brasileira", Liziane foi aceita no IV Seminário Geografía, Género y Sexualidades, na Argentina. É assim que ela traz luz à história de vida da professora Maria de Lourdes Souza Silva, do município de Mâncio de Lima, no Acre. Mâncio de Lima é conhecido por ser o ponto mais extremo à oeste do território brasileiro, e assim como extremo oeste, extremo também era o percurso de Maria de Lourdes para trabalhar todos os dias. Apesar de uma jornada dura de trabalho, relatada nesta pesquisa, a profe...

Porque um mundo menos machista e homofóbico também se constrói na escola

Imagem
Na foto, Mirian (à esquerda) e Madalena (à direita) Porque um mundo menos machista e homofóbico também se constrói na escola A psicóloga e pedagoga Maria Madalena Moreira e a geógrafa e vice-diretora de uma escola Mirian Pereira Suave apostam no ensino como a base de transformação da sociedade. As duas tiveram o seu trabalho aprovado para o IV Seminário de Geografía, Gênero y Sexualidades, na Argentina. Com o título: "Construção geográfica de uma sociedade menos machista e homofóbica: equidade de gênero no espaço escolar" as duas representam o mestrado do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Rondônia - Unir, com a co-orientação nesta pesquisa da professora doutora Maria das Graças Silva, também coordenadora do GepGênero. Com formações diferentes, mas com atuação ativa dentro das escolas, as duas pesquisadores mostram que é possível pensar a geografia como ferramenta para a mudança estrutural de correntes culturais nocivas à nos...

Mutilação genital feminina por uma perspectiva geográfica

Imagem
Mutilação genital feminina por uma perspectiva geográfica A professora estadual de geografia e mestranda pela Programa de Pós-graduação da Universidade Federal de Rondônia - Unir, Danúbia Soares, foi uma das pesquisadoras do GepGênero que teve seu trabalho aprovado para o IV Seminário Latino de Geografía, Género y Sexualidades, na Argentina. Com um olhar sobre as práticas espaciais, sexualidades e violência, ela aborda em sua pesquisa um tema muitas vezes escondido, para não dizer proibido: a mutilação genital feminina. Com o título: Mutilação Genital Feminina e a dor da invisibilidade: estudo sob a perspectiva da Geografia de Gênero e Geografia Humanística”,  Danúbia nos relembra que apesar de cada vez mais atuantes em movimentos feministas e em busca de uma autonomia, práticas culturais machistas e conservadoras expõem muitas mulheres à crueldade. "A Mutilação Genital Feminina ocorre em todos os continentes, em menor ou maior grau de intervenção humana no órgão ge...

I Bazar GepGênero

Imagem
Pela pesquisa e pela Amazônia!  Nós, do Grupo de Estudos e Pesquisas em Geografia, Mulher e Relações Sociais de Gênero (GEPGENERO), criamos o I Bazar GepGênero para arrecadar fundos para levar 13, isso mesmo, 13 pesquisas desenvolvidas em Rondônia para o mundo. Nosso grupo teve 13 trabalhos aprovados no maior evento internacional sobre geografia e gênero, o IV Seminário Latinoamericano de Geografìa, Género y Sexualidades. O evento acontecerá na cidade de Tandil, na Argentina, de 13 a 15 de Novembro.  E é por isso que precisamos da sua ajuda. Nem todos nós temos bolsas de pesquisa ou como nos bancarmos em uma viagem internacional. Para isso, faremos diversas ações, como este evento, para levar nossos trabalhos a todos os cantos do mundo  🌍  .  Será uma oportunidade única de troca de conhecimentos e divulgação do nosso cantinho no mundo: Rondônia e a nossa Amazônia. Nos próximos textos contaremos um pouquinha da história de cada um dos trabal...