Mulher e representatividade política

E por quê devemos votar em mulheres...

À esquerda Amanda e Wellington e à direita Maiara Marini

Está na lei (9504/1997) que 30% das vagas à candidatura política sejam destinadas às mulheres, entretanto, em 2018, o Brasil alcançou apenas 15% da representatividade feminina no congresso. É refletindo sobre essa realidade que os pesquisadores Amanda Michalski, Wellington Durães e Maiara Marini foram aceitos no IV Seminário Latianomericano de Geografía, Género y Sexualidades, na Argentina.

Amanda, que é mestranda do Programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade Federal de Rondônia - Unir, assim como Wellington e Maiara, ressalta que apesar da lei ser uma conquista importante, ainda não é o suficiente para uma representatividade expressiva. "Por meio de uma análise crítica, podemos perceber o árduo caminho que as mulheres ainda precisam percorrer para, de fato, alcançarem uma real representatividade na política", diz.

O trabalho dos pesquisadores, "A inserção da mulher no cenário político e sua representatividade na atualidade", mostra que a lei criou um sistema de cotas em que se exige dos partidos uma quantidade de vagas destinadas às mulheres, mas que não têm implicado diretamente na produção de pautas que visem a equidade de gênero, mesmo quando essas vagas são preenchidas.

"Até porquê, isso não significa que todas as eleitas tenham em suas pautas essa questão", completa Amanda.

Mas resumidamente, o que a pesquisa conclui é que, quanto mais mulheres estiverem em cargos políticos, mais visibilidade das causas de gênero e mais políticas públicas serão desenvolvidas em prol da mulher.

"As cotas de gênero promovem a abertura de espaços considerados primordiais, relacionados às tomadas de decisões que colaboram com o bem-estar social, possibilitando que os países venham a discutir a implementação de ações que visam a garantia de direitos equitativos", completa Amanda.

E se assim como nós, do Grupo de Estudos e Pesquisas em Geografia, Mulher e Relações Sociais de Gênero (GepGênero), você acredita que as mulheres podem revolucionar a política, ajude-nos a levar este trabalho à Argentina participando do I Bazar GepGênero e das ações promovidas pelo grupo.

O evento acontece neste sábado, 10 de agosto, com muita gente de luta e roupinhas estilosas para você desfilar por aí contra o capital.







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