Escola e diversidade de gênero

Gênero e diversidade no espaço escolar: um de/em bate necessário

Debater, discutir, trocar experiências, dialogar, polemizar, questionar. Acreditamos que todos esses sinônimos façam parte do percurso do ensino e aprendizagem, tanto dos alunos quanto dos professores, dentro do âmbito escolar. Mas o que pouco discutimos é a importância de pluralizar esse percurso de forma a abranger o maior número de experiências possível.
Mas, o mestre em geografia pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Rondônia, Rogério Nogueira vem nos dar esse alerta com o seu trabalho Gênero e diversidade no espaço escolar: um de/em bate necessário que foi aprovado para ser apresentado no IV Seminário Latinoamericano de Geografía, Género y Sexualidade, na Argentina.
No trabalho ele alerta que as discussões de gênero, de um modo geral, ainda são vistas e tratadas pela sociedade como um grande tabu, sendo poucas as pessoas que buscam se aprofundar na temática, afinal, para muitos, trata-se de algo que nada contribui com a sociedade. Entretanto, ele ressalta: "acredito que a chave que nos auxiliará na construção uma sociedade mais justa e equitativa encontra-se no espaço escolar".
Ao longo dos séculos, a percepção que temos sobre os gêneros foi sendo construída a partir de relações de poder pautadas por sociedade patriarcais e seletivas, muitas vezes como um projeto de marginalização e de exclusão social de minorias de forma a concretizar políticas de extermínio. Sendo assim, "é primordial que a equipe escolar (gestores/as, coordenadores/as e professores/as) estejam dispostos a pesquisar, implementar e redefinir seus itinerários pedagógicos e culturais, sobre a temática, buscando as melhores estratégias para lidar com a pluralidade", conforme nos orienta Rogério
E qual a melhor forma de mudar esse cenário do que com os sinônimos com os quais iniciamos este texto? "Desse modo, apresentando este trabalho na Argentina, trabalhamos com a pretensão de expandirmos as redes de diálogo, experiências e reflexões a respeito deste vasto campo que há pouco começou a ser explorado, que é o gênero e a sexualidade, e nessa perspectiva, vamos aos poucos consolidando relações de produção científica entre os grupos de pesquisa nacionais e internacionais."
Se você quer ajudar o Rogério e o GepGênero a levar essa e outras pesquisas (que estamos apresentando aqui no blog) à Argentina, divulgue essa iniciativa, siga-nos no Instagram e participe das nossas ações para angariar fundos.
Como vocês sabem, a ciência tem andado meio 'bamba das pernas' com tantas rasteiras ultimamente, mas estamos nos esforçando e contamos com a ajuda de todos para continuar a trabalhar em temáticas tão importantes para a nossa sociedade.

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