Fronteiras pra que(m)? Narrativas LGBT e imigração
Hellen Virgínia, pesquisadora do GepGênero
Vivemos a era da informação, das redes sociais, em que pouco pensamos em fronteiras, já que com uma tecla do computador nos comunicamos com qualquer canto do mundo. Mas será mesmo que as fronteiras foram derrubadas? Em um mundo globalizado, com as ditas "facilidades" de transportes rápidos, comunicação massiva e interação mediada, os processos migratórios continuam sendo alvo de ações governamentais exploratórias e comumente preconceituosas em relação à raça, religião, ao gênero e orientação sexual.
Com isso em mente é que a pesquisadora do GepGênero, Hellen Virgínia, discute em seu trabalho "Argentina, o destino da liberdade? Narrativas LGBT e intersecções entre gênero, sexualidade, fronteiras e imigração", esse assunto tão delicado.
"Discutir a temática é primordial dentro do cenário socioeconômico mundial, uma vez que o fortalecimento dos discursos de ódio, a xenofobia e homofobia têm ocorrido em escala mundial intensificando a atmosfera de medo e insegurança entre a população LGBT, seus amigos e familiares", ressalta Hellen. Seu trabalho foi aceito no IV Seminário Latinoamericano de Geografia, Género y Sexualidades, que ocorrerá em novembro na Argentina.
Por ser Buenos Aires, capital argentina, um reconhecido destino de imigração da população LGBT brasileira, a pesquisa tem importância no sentido de nos ajudar a reconhecer quais são os pontos delicados e necessários para o investimento em políticas públicas que visem a promoção do respeito e a criminalização do preconceito que culmina em atos de violência, o acolhimento, atendimento e encaminhamento das demandas da população LGBT.
Para ajudar o nosso grupo de pesquisadorXs a chegar até a Argentina e apresentar todos os trabalhos aprovados neste seminário, que é o maior do gênero na América Latina, contamos com a ajuda de todos. Sigam a nossa página no Facebook e no Instagram e acompanhe nossas campanhas de arrecadação de fundos para a viagem dos nossos investigadores. Temos Feijoada Solidária, o Bazar GepGênero e muita, mais muita ciência para compartilhar.
E como bem disse a Hellen, o que mais queremos é "apresentar para a América Latina os estudos de gênero desenvolvidos pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em Geografia, Mulher e Relações Sociais de Gênero (GEPGÊNERO), compartilhar saberes e experiências sobre a Geografia de Gênero com demais pesquisadores latino-americanos, criar e fortalecer redes de pesquisa e cooperação científica, viabilizar oportunidades de intercâmbio entre universidades, centros de pesquisa e instituições públicas que realizem pesquisas na área da Geografia de Gênero, contribuir para produção de conhecimento científico inédito na área da Geografia de Gênero e Sexualidades."
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