Mutilação genital feminina por uma perspectiva geográfica
Mutilação genital feminina por uma perspectiva geográfica
A professora estadual de geografia e mestranda pela Programa de Pós-graduação da Universidade Federal de Rondônia - Unir, Danúbia Soares, foi uma das pesquisadoras do GepGênero que teve seu trabalho aprovado para o IV Seminário Latino de Geografía, Género y Sexualidades, na Argentina.
Com um olhar sobre as práticas espaciais, sexualidades e violência, ela aborda em sua pesquisa um tema muitas vezes escondido, para não dizer proibido: a mutilação genital feminina. Com o título: Mutilação Genital Feminina e a dor da invisibilidade: estudo sob a perspectiva da Geografia de Gênero e Geografia Humanística”, Danúbia nos relembra que apesar de cada vez mais atuantes em movimentos feministas e em busca de uma autonomia, práticas culturais machistas e conservadoras expõem muitas mulheres à crueldade.
"A Mutilação Genital Feminina ocorre em todos os continentes, em menor ou maior grau de intervenção humana no órgão genital da mulher e/ou em seu sistema reprodutivo como um todo, bem como em relação à porcentagem de mulheres que sofreram com a violação dos corpos através da prática em cada continente", segundo Danúbia.
E se você acha que esse costume tem ficado para trás, então vai realmente se assustar com os dados que a pesquisadora nos apresenta. “Na contemporaneidade, mais de 200 milhões de mulheres já foram vítimas da mutilação genital feminina e até 2030 estima-se que mais de 68 milhões de mulheres serão submetidas à prática, o que demonstra a urgência em debater esse tema”.
E a oportunidade de debatermos esta prática, para que as pessoas se conscientizem cada vez mais, está nos eventos que promovem a discussão, a pesquisa e disseminação deste tipo de pesquisa, como o que será realizado na Argentina.
"Acredito ser este um momento de expormos a necessidade de percorrer os caminhos da geografia de gênero, principalmente, caminhos obscuros no quais práticas como a mutilação genital feminina são realizadas. É também uma forma de estabelecer contato com outros pesquisadores e formar redes de conhecimentos e de construção de pesquisas, e projetos futuros", explica Danúbia.
Para ajudar a Danúbia a ir para a Argentina para divulgar essa pesquisa, você pode participar do I Bazar GepGênero e das nossas próximas ações.
Mas se você não puder comparecer (a gente entende), nos dê uma forcinha divulgando o evento e compartilhando os trabalhos que apresentaremos aqui.
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