Pela visibilidade indígena
Foto: Josué Silva
Saúde é um assunto de extrema importância em qualquer sociedade e para qualquer pessoa. É difícil imaginarmos não poder ter acesso aos serviços básicos de um atendimento emergencial, por exemplo. Mesmo que no Brasil estejamos condicionados a burocracias e serviços precarizados, de uma forma ou de outra, conseguimos chegar até um posto de saúde, a unidade de urgência e emergência. Mas a verdade é que se pensamos assim, mesmo que nos mínimo, somos privilegiados.
Para quem mora em território indígena, a conversa é outra. Seja pela dificuldade geográfica de acesso aos hospitais e serviços básicos, seja pela discriminação ou o descaso público, ser indígena é conhecer de perto esse cenário.
É por isso que a graduanda em Geografia pela Universidade Federal de Rondônia (Unir), Roneide Soares Nunes, resolveu dedicar a sua pesquisa à saúde do Povo Kaxarari. Seu olhar para a problemática foi despertado em uma visita de campo promovida pelo Programa de Pós-graduação em Geografia da Unir e prontamente, junto com o GepGênero, busca discutir questões relacionadas a educação e saúde na terra indígena.
Seu trabalho foi um dos aprovados no IV Seminário Latinoamericano de Geografia, Género y Sexualidades, na Argentina.
Segundo Roneide, o tema é de extrema relevância. "Ele nos deixa frente às necessidades cotidianas daquele povo, pensando na fragilidade da saúde indígena, com constantes situações de desrespeito e abandono pelo poder público, sendo acometidos por doenças como a malária, infecções respiratórias, doenças sexualmente transmissíveis, entre outras."
E o que é mais interessante, Roneide trata da perspectiva da saúde sob o olhar feminino da comunidade, pois são as mulheres que podem apresentar uma identificação mais real sob as práticas de determinado local.
Com a sua pesquisa, ela busca a sensibilização do poder público e a implementação de forma justa e eficiente das normativas e legislações já previstas e instituídas pelo Ministério da Saúde para os povos indígenas.
Para ajudar as nossas outras pesquisadoras a levarem estes e outros trabalhos do GepGênero para a Argentina, divulgue essa iniciativa, siga-nos no Instagram e participe das nossas ações para angariar fundos.
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