Guerreiras Indígenas



Associação de Guerreiras Indígenas de Rondônia

A Associação de Guerreiras Indígenas de Rondônia (AGIR) nos coloca para confrontar de frente ideias preconcebidas que temos do movimento indigenista brasileiro. Ainda hoje, o não-indígena acredita que só o homem molda os territórios indígenas. E é contra esse pensamento que a mestranda Deborah Monteiro Santos reflete em seu trabalho.

A bióloga de formação acabou encontrando no Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Rondônia - Unir um ponto chave para a sua militância feminista, o Grupo de Estudos e Pesquisas em geografia, mulher e relações sociais de gênero (GepGênero).

O trabalho da pesquisadora "Caracterização do aspecto organizacional da mulher da Terra Indígena Rio Guaporé: um olhar sobre o território", desenvolvido com o GepGênero foi aceito no IV Seminário Latinoamericano de Geografia, género y sexualidades, na Argentina.

Deborah teve o contato com a AGIR através do seu trabalho na Organização Não-governamental (ONG) ambientalista e indigenista Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé. Desde então, seu olhar tem se expandido por Rondônia e outros estados. "Inicialmente minha pesquisa trabalharia com as guerreiras de Rondônia, mas já tive a oportunidade de conhecer o projeto de associativismo das indígenas roraimenses, então vamos expandir", diz Deborah.

A pesquisadora busca compreender como se organizam as mulheres indígenas na proteção de seus territórios e do seu modo de vida tradicional. "Nos estudos que fizemos, conseguimos observar que elas têm uma visão mais ambientalista sobre os temas de interesse da comunidade, pensando na terra e nos recursos de modo sustentável", conta.

Dar voz a essa população que sofre desde a colonização, de forma a ecoar por todos os cantos do mundo é que a Deborah pede pra todo mundo comparecer ao I Bazar GepGênero

O bazar e outras iniciativas, como rifas e feijoadas foi uma forma que nós, pesquisador(x)s do GepGênero, criamos para arrecadarmos fundo para conseguir levar essa, e outras 13 pesquisas para o Seminário na Argentina.

Caso você não possa comparecer, nos ajude compartilhando as ações e essas histórias.

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