Gênero na produção geográfica
Texto por Maria José
No Clube de Leitura do GEPGênero, que acontece todos os sábados, discutimos recentemente sobre o que a geografia vem produzindo sobre gênero na academia. A base da discussão foi o texto da geógrafa Paula Lindo, que desenvolveu este trabalho sobre a temática mapeando esse tipo de produção pelo país. A pesquisa foi resultado de uma licença capacitação pela Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), instituição da qual ela é professora no campus de Erechim. A interessantíssima e vasta pesquisa teve acompanhamento do Grupo de Estudos Territoriais (GETE), da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).
O texto "Gênero e mulheres na recente produção geográfica brasileira: análise de pesquisas entre os anos de 2012 a 2018" foi lido e debatido no grupo com a pesquisadora Maria José comandando a leitura, sempre sob a supervisão e olhar atento da nossa coordenadora, a professora Maria das Graças.
Neste artigo, Paula lindo procurou descobrir e mapear como geógrafes têm abordado a temática de gênero e sexualidades em suas pesquisas. A descobrir quem são os pesquisadores que se dedicam/dedicaram a tal desafio? Quais os focos das pesquisas referentes às mulheres?
Diante disso, a autora evidencia em sua pesquisa que há geógrafas e geógrafos, em diferentes espaços e escalas, que se dedicam a denunciar, resistir e buscar direitos referentes ao gênero e às sexualidades. Há grupos de pesquisa, pesquisadoras, pesquisadores e estudantes que tencionam o campo de poder hegemônico e hierárquico do saber com suas produções e posicionamento acadêmico.
Apesar de ainda perpetuar fragmentos de uma ciência hegemônica, masculina, branca e eurocêntrica, a pesquisa apresentada pela autora demonstra que a temática do gênero e das sexualidades está crescendo na Geografia brasileira, mesmo que ainda represente menos de 1% de todas as dissertações e teses deste campo de conhecimento.
Ainda segundo a autora, os trabalhos de gênero ganharam espaço em um número maior de universidades, o que indica que a temática vem quebrando barreiras.
Ela acredita que o Feminismo latino-americano seja potência, capaz de instruir leituras geográficas da realidade baseada no sujeito genérico que invisibiliza a forma de ser, viver e produzir o espaço.
Parabéns Maria José, pela escolha do artigo e pela excelente apresentação do trabalho da professora Paula Lindo. Agradecimentos a todes que participam do Clube de Leitura do GEPGENERO.
ResponderExcluirExcelente artigo e apresentação
ResponderExcluir👏🏼👏🏼👏🏼
ResponderExcluirMuito bom participar do Clube de Leitura do GEPGENERO, e um aprendizado muito enriquecedor... ir ter contribuído com apresentação desse artigo foi muito gratificante.
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